Meeiro
Meeiro
Composição: Luíz Fidélis
Tem nada não, eu sou a semente desse chão
Pra mim valeu, a comida do seu prato também sou eu
Sei que é pesado meu irmão
Ir pro roçado plantar feijão
Servir de escravo pro patrão
Que só lhe paga com humilhação
Mas é tão leve o seu coração
Sua consciência, sua digestão
E o suor que me lava o rosto
Me lava o peito e lhe rega o corpo
Em cada poro planto o amor
Lhe dá coragem, agricultor
Mais peso!
Está levando o seu patrão
Na consciência e no coração
E o suor que lhe surja o rosto
Lhe surja o peito e lhe enche o bolso
E a consciência de desespero
Em cada poro plantou dinheiro
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