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Se O Nordestino Quisesse



Se O Nordestino Quisesse
Composição: Carneiro Portela/Marcus Rio

No Brasil se o Nordeste quisesse viver mió
Botava voz no gogó e todo cabra da peste
Saía pelo agreste perfumando o ambiente
Pois todo cabra valente, sua brava conhece

Se o nordestino quisesse era tudo diferente

Bastava o povo querer que fosse mais respeitado
Que os deveres do Estado fossem mesmo pra valer
E acabasse o padecer
"Do povo que chora e sente"
Para um povo independente
Sujeito não risque o "S"

No Brasil, onde a ciência
É porta em segundo plano
Nosso povo a cada ano perde a sua inteligência
Político não tem decência, pois não fala francamente
Mas o povo certamente eu sei que nunca esmorece

No país do futebol, novela, sonho e burrice
Foi isso que mãe me disse em manhãs clara de Sol
"Não se cala o rouxinol que canta lá na vertente
Com trabalho persistente do fio que a aranha desce"

Se o nordestino não fosse um povo tão bom e pacato
Garanto quebrava o prato que mandam cheio de doce
Mal dizia alguém que trouxe:
Miséria e mágoa somente
Se fevereiro é contente pra que esquecer da prece?

Eu tenho pena do povo que luta para viver
No país onde o PC, roubou e rouba de novo
Vendo a mãe partir um ovo pra quatro ou cinco vidente
E a fome dos inocentes e tanta quanto adormece

Acredito no sertão, terra de cabra macho
Pois nas águas do riacho, corre o sangue da canção
Embora lhe falte o pão para ser sobrevivente
E amigo bravo e descente é forte quando padece

Se o meu Nordeste lutasse por dias de glória e paz
Nosso povo nunca mais tirava o riso da face
Se toda a esperança nasce no sorrir alegremente
Só no plantar da semente
Eu conheço se ela cresce

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