CONHEÇA JOÃO RICARDO, UM DOS MAIORES MASTRUZEIRO
Bate papo com João Ricardo, Um dos Maiores fã do Forró Mastruz com Leite
Antes, bem antes, quando os fóruns e os blogs eram os principais veículos independentes de noticia na internet, onde para abrir qualquer página – quiçá uma fotografia (Fotoblogs) – era algo que testava a paciência dos navegadores, fãs das bandas de forró tinham poucos blogs ou websites para buscar informações do referido grupo musical de seu gosto.
Com o passar dos tempos as ferramentas e a internet em si foi melhorando o que causou um boom de portais que noticiavam sobre o forró (Planeta Forró, Forró Dicumforça, Portal Forrozão, entre outros), além disso, passou-se também a existir o processo da digitalização daquelas agremiações chamadas de fã clubes, reunindo os admiradores de um modo mais palpável.
Nesse interim, surgiu o site da cantora Bete Nascimento. Feito por duas fãs, as irmãs Juanele e Jamile Lima, ambas desenvolveram um portal que era um colírio para os fãs da vocalista na época do Mastruz com Leite e claro da própria banda. Vale lembrar que nesta época até o site da banda mãe que estava no ar tinha sido desenvolvido e alimentado também por uma outra fã, a querida Kátia Paiva.
Além das informações, era comum a existência de promoções nestes portais para instigar a participação dos seguidores do Forró Mastruz com Leite e entre vários foi o concurso para a escolha do maior fã da banda mãe de forró eletrônico que movimentou a internet.
Essa ideia e o processo de seleção partiu das irmãs administradoras do site da Bete Nascimento – que contou com a curadoria luxuosa da Bete –, onde através de um e-mail contando a sua trajetória de vida em relação ao Mastruz com Leite seria escolhido àquele, cuja história era considerada a mais significativa. Dessa forma, o fã João Ricardo Júnior ficaria em segundo lugar com o Lécio Luís ficando em primeiro lugar. Para relembrar essa época, entramos em contato com o João para batermos um papo descontraído.
Reprodução Instagram |
João, primeiro gostaria de agradecer a sua disponibilidade de falar conosco. Nos conta um pouco como você se viu fã do Mastruz com Leite.
Eu que agradeço pela lembrança! Recordar é viver, é muito nostálgico participar de tudo isso. Obrigado mesmo! Me vi fã com 8 anos de idade quando as pessoas cantavam… “João, acabou-se a farinha…” daí gostei da música e daí comecei a ouvir rádios de forró das antigas, aqui no Recife a 102 FM.
Você consegue se lembrar de algum momento que considere muito marcante junto ao Mastruz com Leite?
Lembro de vários momentos marcantes, mas o mais forte de fato foi quando fui considerado pela Bete Nascimento (ex-cantora) “O mastruzeiro de plantão!” E quando conheci a Kátia Cilene e a Bete pela primeira vez!
Conte-nos um pouco de como foi o processo. Como se sentiu?
Ser considerado o maior Mastruzeiro foi de fato uma surpresa! O reconhecimento do artista com um fã que segue sua trajetória! Marcante isso também! Tremi quando recebi a carta da Bete em casa kkkk
Daquela época pra cá, onde até os fãs clubes que existem àqueles moldes de agremiação estão cada vez mais raros, muita coisa mudou. Como você enxerga essas mudanças?
Sobre os fãs clubes, passaram a ser pelas redes sociais, mas era melhor ter carteirinha, receber cartas, fazer amigos a distância. As mudanças da tecnologia aproximam mais os artistas com o fã. Embora antes tinha mais emoção, mais respeito, mais cuidado.
Você ainda continua a acompanhar os trabalhos da banda?
Acompanho sim, confesso que não como antes. A banda tem uma nova roupagem, formações rotativas… mas escuto sempre uma música nova. Lamento que nem sempre emplaca sucessos, mas o Mastruz tem nome e história. Por isso se mantém no mercado. Hoje escutar Mastruz é que nem meu pai ouvia Luiz Gonzaga, sentadinho, olhando os discos e lembrando do passado bom que não volta…
Sendo um fã tão representativo para a história do Mastruz com Leite, você sente falta de algo atualmente por parte da banda?
O que sinto falta na banda é o cantor raiz. Que tenha forró na veia, que alavanque e que dê notoriedade a banda. A banda tem repertório pra 10 cantores em palco, mas tem que ter forró na veia. É ouvir a voz da banda de longe e saber que é o Mastruz quem está tocando. Hoje não conseguimos identificar mais. Ainda bem que ainda temos o Neto.
João, gostaria de agradecer por ter nos atendido. Certamente foi muito significativo ter falado com você. Fique à vontade de deixar alguma mensagem para os leitores do nosso fã clube e aproveito para deixar aberta as portas para quando você quiser falar conosco.
Fãs! Não deixem o forró das antigas morrer. Levem para os seus filhos, netos. É muito bom ouvir o forró romântico, com letra, o antigo. Salve o Mastruz, salve Rita de Cássia, salve SomZoom! Vamos emplacar novamente! Grande abraço!
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